terça-feira, 18 de agosto de 2015

Blam! Blam! - É para balançar o esqueleto sem deixar de prestar atenção no texto

Voltei a escrever aqui. Por terapia.
O último texto foi publicado no Retropleco há mais de quatro anos! Quatro anos! Nada mais justo que retornar com uma coceira existencial enorme de um limbo fantasmagórico com o interessantíssimo disco do carioca Jonas Sá.
Lançado este ano (se não me engano, abril de 2015), Blam! Blam! marca de cara por uma sonoridade que, ao menos para este que vos escreve, prende. Não menos cronísticas são suas letras que parecem nascer de maneira modelar para as levadas e toda cama de sonoridade variada que perpassa todo o disco.
Curioso é que eu já havia lido algo há um ano, mais ou menos, sobre a polêmica que girou entorno do segundo trabalho do Sá: as empresas de impressão não queriam pegar o trabalho temendo serem boicotadas pelo público gospel. Motivo: A negra nua com os pelos pubianos em posição que cansamos de ver no carnaval brasileiro! O encarte de dentro não é menos erótico e não menos representativo, há uns machos pelados também. O engraçado é que quando eu peguei o disco e fui pagar a caixa comentou: “Pensei que era um cd do É o Tchan!


Sobre toda a polêmica da capa recusada, sugiro clicar aqui e aqui.
É um trabalho conceitual, da capa, encarte até o principal: letras, melodias e sonoridades. Há um balanço quase natural. Não à toa Jonas Sá é parte de toda uma leva talentosíssima de artistas que vem desde os anos 90 construindo a caminhada e que mesmo tendo uma formação próxima, por osmose até, de ancoras da música brasileira, conseguiram construir um caminho próprio e que agora colhem por merecimento os frutos da labuta (me refiro ao Kassin, Moreno Veloso, Pedro Sá, etc., etc.). Essa moçada sabe produzir e produzir bem, vide o último disco da Gal Costa!
A preguiça e o ferrugem nos dedos não me permitem ir mais longe – minha gente, estou voltando, espero – mas 8 Bit já abre o disco de maneira estrondosa e dizendo à que veio!
Gigolô é puro falsete, umas cordas que te remetem às discotecas dos anos 70, puro boca de sino! São 14 faixas. Não vai rolar falar sobre todas, mas destaco a faixa homônima que descreveu minha preguiça (Não vai rolar) pois tem uma levada muito bacana!
A produção é do próprio Jonas, já conhecido nessa função (seu primeiro trabalho teve os dedos do Moreno Veloso e do Bartolo) e conta com a participação de um time de primeira de músicos. Mais curiosidades, clica no Google que ele te dá!

Se você gosta de sexo, precisa ouvir esse disco! Não me lembro como eu encerrava os textos/conversas por aqui, sendo assim! Axé!